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O setor de transporte de cargas é essencial para a economia do país, o que é comprovado pelo crescimento em volume de serviços do PIB (Produto Interno Bruto), que chegou a 3,6% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior.

A constatação faz parte do Radar CNT do Transporte, estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), com base em indicadores publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O agronegócio e transporte de cargas são atividades essenciais que contribuem para o desenvolvimento da economia brasileira. Segundo pesquisa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Brasil é o quarto maior produtor de grãos mundial, atrás apenas da China, dos EUA e da Índia.

Portanto, a capacidade de escoamento junto ao recebimento dos produtos e insumos são importantes para manter a competitividade das empresas.

Para garantir melhor conexão no transporte das cargas, uma das grandes oportunidades que a infraestrutura ferroviária proporciona é justamente a renovação das linhas por operadoras, como a Rumo e a VLI.

Continue a leitura para conhecer os principais tipos de transportes de cargas e qual o futuro do modal ferroviário. Acompanhe!

Modais de transporte de carga

Existem cinco tipos de transporte de cargas disponíveis para escoamento de matérias-primas. Os principais são:

  • ferroviário;
  • rodoviário;
  • marítimo;
  • aeroviário;
  • aquaviário;
  • dutoviário.

Embora essas sejam as principais categorias, cada método tem processos particulares. Entenda, a seguir, essas diferenças.

1. Ferroviário

O transporte ferroviário é um modal diverso, podendo ser usado para transportar diferentes tipos de mercadorias no atendimento de setores, como:

  • mineração;
  • siderurgia;
  • agronegócio;
  • combustíveis;
  • produtos Industrializados.

Os vagões de carga podem movimentar grandes volumes de:

  • aço;
  • grãos;
  • celulose;
  • fertilizantes;
  • minério de ferro.

Conforme a Associação Nacional dos Transportes Ferroviários (ANTF), o modal ferroviário corresponde a 21,5% de participação no transporte brasileiro.

O setor ferroviário tem papel fundamental na movimentação de cargas, sendo um dos principais modais no abastecimento de portos nacionais — espaços de grande concentração de produtos para a exportação. 

No Brasil, as ferrovias têm 29.320 km e se conectam no Quadrilátero Ferrífero, no Sul de Minas Gerais. Dentre os principais portos brasileiros, podemos citar:

  • Rio de Janeiro: 572 km;
  • Itaqui, no Maranhão: 892 km;
  • Vitória, no Espírito Santo: 905 km;
  • Santos, no estado de São Paulo: 161,5 km.

Outras vantagens do modal ferroviário são:

  • menor custo;
  • mais segurança;
  • sem congestionamento;
  • menos emissão de poluentes;
  • tempo e horário de entrega mais confiáveis.

2. Rodoviário

O Transporte Rodoviário de Cargas é o mais popular no Brasil. O frete rodoviário pode ser, em certos casos, a única solução em áreas rurais, onde outros meios não estão disponíveis. Suas vantagens são:

  • flexibilidade;
  • entrega rápida;
  • custo-benefício.

3. Aeroviário

No modal aéreo, é possível transportar cargas pelas companhias comerciais. Caso a mercadoria seja de alto valor agregado ou haja urgência na entrega, o melhor é optar por serviços especializados em carga aérea. Essa modalidade também é valiosa quando se trata de mover embarques expressos, entretanto pode ter alto custo.

Devido ao menor tempo e movimentação bruscas, as mercadorias transportadas normalmente são bens perecíveis, como medicamentos, alimentos e flores. Isso garante que os produtos não sejam danificados e com menor probabilidade de roubo. Outros benefícios são:

  • trânsito rápido;
  • nível alto de segurança;
  • documentação simplificada;
  • chegada e partida confiáveis.

4. Aquaviário

De acordo com estudo da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), o modal aquaviário cresceu 20,7% no Brasil, em 2019. No país, esse meio de transporte ocorre em lagos, lagoas, rios e canais, sendo as principais hidrovias do país localizadas na:

  • Amazônica: 17.651 km, correspondendo a 80% das vias navegáveis do Brasil no trecho Solimões-Amazonas;
  • Tocantins — Araguaia: com 1.360 km;
  • Paraná — Tietê: com 1359 km;
  • Paraguai: com 591 km no Brasil, tendo sua nascente no Mato Grosso;
  • São Francisco — Santa Catarina: 576 km;
  • Sul: 500 km. 

O transporte aquaviário cobre essencialmente as matérias-primas, como alumínio e fosfatos, cereais, bauxita, carvão, petróleo, carvão e minério de ferro.

Assim como a carga a granel, o aquático também atende o translado de produtos previamente acondicionados em sacas, caixotes ou outras embalagens, conhecidas como carga geral.

5. Dutoviário

O transporte dutoviário tem como principais características a segurança, baixa flexibilidade, agilidade e capacidade de fluxo. Por isso, consegue abranger produtos diversos, sendo dividido em:

  • gasodutos: gás natural;
  • minerodutos: sal-gema, minério de ferro e concentrado fosfático;
  • oleodutos: petróleo, óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta.

No Brasil, o modal dutoviário atende as seguintes áreas:

  • oleoduto Angra dos Reis/Caxias, RJ: 125 km; 
  • oleoduto São Sebastião/Paulínia, SP: 226 km;
  • mineroduto Paragominas/Barcarena, PA: 250 km; 
  • gasoduto Brasil-Bolívia: 3150 km, desses 2593 km está em território brasileiro. Começando em Santa Cruz de La Sierra (Bolívia) até Canoas (Rio Grande do Sul-Brasil), percorrendo os Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, cortando 135 municípios.

6. Integração entre modais

A integração entre modais envolve a movimentação de cargas em diferentes modos de transporte. Com essa estratégia, é possível realizar entregas conforme a disponibilidade do modal da região, proporcionando:

  • mais segurança;
  • tempo de entrega otimizado;
  • menos risco de danos ou perdas;
  • agilidade no escoamento de cargas.

Essa é uma solução flexível e personalizada para diferentes necessidades. É possível escolher o modal conforme o destino, o que melhora o lead time e o custo-benefício.

Dessa forma, a capacidade de transporte e os processos se tornam robustos, garantindo que os embarques sejam consolidados, carregados e manuseados com as melhores práticas e cuidados.

Tendências para transporte ferroviário

As ferrovias estão à beira de uma nova e excitante era de inovação. O uso de algoritmos avançados e softwares de análise de dados permitirão que as empresas conquistem mais confiabilidade e otimizem o serviço prestado aos clientes.

A automação continuará a reduzir o impacto do erro e limitações humanas nas operações ferroviárias, para os colaboradores poderem focar em questões estratégicas, melhorando a segurança, eficiência e produtividade. Continue a leitura!

1. Sensores

Vários sensores serão colocados em locomotiva para monitorar a temperatura do motor, vibrações dos trilhos e verificar se as suas portas estão fechadas ou abertas.

Também serão colocadas câmeras na parte externa do veículo, onde os dados da imagem são enviados ao software para leitura e interpretação. Além disso, esses sensores monitoram como os sistemas estão operando e captam informações meteorológicas.

As informações coletadas desses sensores poderão otimizar o trabalho, como analisar os dados para saber quando será necessário realizar a manutenção geral e específica na locomotiva ou vagões. A tecnologia também permite identificar um componente que precisa ser substituído antes que ele quebre ou falhe.

Isso não apenas aumenta a proteção das mercadorias, como assegura que a carga chegará sem dano ao seu destino. Afinal, é mais caro consertar uma peça ou sistema completamente quebrado que trocar o componente antes que ele falhe.

2. IoT — Internet das coisas

A Internet of Things (IoT), ou Internet das Coisas em português, é uma grande revolução tecnológica cujo objetivo é conectar à internet itens usados do dia a dia. Essa inovação, em breve, fará parte do sistema ferroviário em muitos países e diminuirá o tempo de inatividade.

O transporte ferroviário inteligente e conectado revolucionará o segmento de cargas, tornando o serviço ainda mais eficiente, graças às informações e geração de relatórios.

Por ser escalável, proporciona mais confiabilidade ao transporte ferroviário. A Rumo, por exemplo, já tem projeto em andamento com IoT para monitoramento dos trens, visando antecipar ações de correção.

3. Geração de Big Data e Grandes Soluções

As ferrovias podem aproveitar o Big Data para resolver grandes desafios de maneira eficiente. Auxiliadas por sensores inteligentes, implantados na rede ferroviária juntamente aos avanços tecnológicos na inspeção de trilhos, as ferrovias acumulam bancos de dados com centenas de trilhões de bytes de dados sobre a condição da pista e equipamentos.

Essa mina de ouro virtual de informações aliadas a um software de análise de dados permite que as ferrovias descubram tendências e apliquem esses aprendizados para melhorar a segurança e as operações.

Com tais inovações, poderíamos introduzir trens que conseguem se adaptar às características mutáveis da linha, de modo a manter velocidades altas durante grande parte da viagem e evitar períodos de pausas no trajeto.

Dessa forma, ampliar e interromper os limites dos projetos ferroviários atuais permitiria a criação de uma rede de próxima geração, com mudança de desempenho adequada para o século XXI.

Nesse conteúdo, você conheceu melhor o transporte de cargas no Brasil, seus principais modais para movimentação de carga e as tendências para o modal ferroviário.

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