A logística no agronegócio beneficia e afeta outros setores, como o de transporte ferroviário, que demonstra sua importância. Além disso, exige investimentos constantes para manter o desempenho e eficiência nas operações.
A economia brasileira depende do agro e, mesmo com a pandemia, conquistou recordes de produção e exportação. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o setor alcançou 27,4% do PIB nacional.
As ferrovias se estendem por cerca de 30 mil km no Brasil, distribuídas por 15 contratos de concessão/subconcessão. O Governo Federal prevê que haverá mais 10 mil km construídos pela iniciativa privada, e outros 27 contratos de concessão serão distribuídos.
O modal ferroviário proporciona enorme capacidade de movimentação de grandes volumes por longas distâncias e consome menos combustível.
Por isso, focar em soluções para o transporte de cargas sobre trilhos é essencial para continuar impulsionando os negócios, sendo uma oportunidade de reverter o gargalo logístico.
Neste artigo, confira como superar os desafios da logística no agronegócio.
Quais são os gargalos da logística no agronegócio?
Conforme o estudo sobre o perfil das ferrovias do agronegócio brasileiro, realizado pela ESALQ-LOG, os custos enfrentados são:
- 30,52% em depreciação e amortização;
- 18,22% de capital;
- 16,33% de mão de obra;
- 16,33% de combustível.
Outros gargalos que podem ocorrer, são os seguintes:
1. Falta de infraestrutura para armazenamento adequado
Ampliar a capacidade de armazenamento é um gargalo à logística no agronegócio. Essa mudança proporciona mais autonomia para os produtores precificarem seus produtos.
Com esse desafio superado, o Brasil teria 20% de mercadorias armazenadas em relação aos itens que são produzidos. Conforme a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), atualmente a armazenagem é cerca de 27% menor em relação ao que é produzido.
Como resultado, os agricultores são obrigados a vender o que produzem assim que fazem a colheita, pois não conseguem estocar. Nesse cenário, o valor é inferior devido à grande oferta.
2. Perda de safra
O Brasil tem um grande território, de dimensões continentais, com 8.516.000 km², o que pode afetar a entrega de produtos e a perda de parte da carga.
Devido às longas distâncias, o processo de transporte de mercadorias pode expor o produto a diferentes temperaturas por mais tempo e prejudicar sua qualidade.
3. Custos altos
Os gastos com a infraestrutura de produção nacional é alto por consequência da ineficiência nos diferentes estágios do processo produtivo:
- fertilizantes importados;
- sementes caras e pesticidas.
Para piorar a situação, as mercadorias são vendidas apenas na época da colheita, assim, ocorre desvalorização devido à alta oferta.
4. Longas distâncias para escoar os produtos
O escoamento de carga em longas distâncias é um dos grandes gargalos da logística do agronegócio.
Parte dessa adversidade é a distância entre o fabricante e os pontos de venda, exigindo o uso de modais diferentes, como o ferroviário, rodoviário e aéreo.
5. Problemas no transporte
Conforme a Confederação Nacional do Transporte (CNT), em torno de 60% da matriz do transporte de cargas do Brasil é realizada pelas rodovias. Isso provoca dependência em relação a esse modal.
O país conta com mais 200 mil km de estradas pavimentadas, enquanto tem 30 mil km de ferrovias, como já mencionado.
O uso quase predominante da malha rodoviária leva dificuldades para a logística no agronegócio. Além de instabilidade e gastos elevados, os empresários rurais enfrentam altos índices de roubo de mercadorias nas rodovias.
Como superar os desafios da logística no agronegócio?
Com o aumento da população, as cadeias de fornecimento estão se tornando cada vez mais complexas e apresentando desafios na redução do desperdício de safra e na entrega de mercadorias de qualidade.
No entanto, isso pode ser alcançado com a otimização dos procedimentos, simplificando processos e vinculando os agricultores diretamente ao mercado.
A principal mudança, entretanto, é contar com uma parceria que proporcione medidas financeiramente favoráveis.
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