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As Ferrovias no Brasil fazem parte da História do desenvolvimento do país e influenciam diretamente a economia. Apesar de não ser mais protagonista, mantém sua importância no escoamento da matéria-prima e produtos não-acabados.

A História das ferrovias no Brasil começou no século XIX com a construção da Estrada de Ferro de Mauá, pelo imperador Dom Pedro II. Sua inauguração foi em 1854 e o projeto foi idealizado pelo Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Souza).

A obra foi realizada na antiga capital do país (Rio de Janeiro) e tinha apenas 14,5 km, chegando até Petrópolis. Sua função era transportar ouro. Depois disso, novas linhas foram construídas e houve avanço no século XX com as privatizações dos anos 1990.

Assim, as ferrovias brasileiras sempre estimularam o desenvolvimento das regiões. O seu uso como meio de transporte de cargas possibilitou o avanço em diversos setores, como a exploração mineral e agricultura.

Nos últimos anos, o governo e muitas organizações começaram a se interessar na construção de ferrovias no Brasil, revitalização de linhas e desenvolvimento do transporte ferroviário.

A perspectiva de recursos públicos destinados a esse setor, segundo o Ministério da Infraestrutura, divulgado no início de 2021, gira em torno de 30 bilhões de reais para os próximos anos.

Neste artigo, abordaremos o cenário do presente e futuro das ferrovias no Brasil. Continue a leitura e aproveite!

Ferrovias do Brasil: momento atual

Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o Brasil tem cerca de 29 mil km de ferrovias com densidade de 3,1 metros por km². As linhas estão concentradas na Região Sudeste, representando 52% da malha. 

Veja, a seguir, as principais ferrovias em atividade no país que fazem o transporte de cargas.

1 — Estrada de Ferro Vitória a Minas

A estrada férrea conecta a Região Metropolitana de Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG) em 894,2 km de extensão. A linha transporta até os portos do Espírito Santo, principalmente, o minério de ferro extraído em Itabira (MG).

2 — Ferrovia Norte-Sul

A linha parte do Pará e, conforme projeto inicial, deve chegar ao Rio Grande do Sul.

Conforme projeção da ANTT, essa ferrovia deve movimentar 22,73 milhões de toneladas de cargas até 2055.

Até o momento, conta com cerca de 1,2 mil km de extensão, mas deverá chegar a 4,155 km. Seu trajeto levará mercadorias e produtos por:

  • Goiás;
  • Paraná;
  • Tocantins;
  • Maranhão;
  • São Paulo;
  • Minas Gerais;
  • Santa Catarina;
  • Mato Grosso do Sul.

3 — Ferrovia Nova Transnordestina

O projeto inicial da Ferrovia Transnordestina prevê a ligação do Porto de Pecém (Ceará) ao Porto de Suape (Pernambuco), visando o escoamento da produção agrícola. Até o momento, conta com cerca de 1.728 km de trilhos e uma bitola mista.

4 — Estrada de Ferro de Carajás

A ferrovia parte de São Luís (Maranhão), carrega minerais até os portos da Baía de São Marcos (Maranhão) e termina em Parauapebas (Pará), percorrendo 996,7 km. Essa linha também transporta passageiros.

O crescimento do interesse no setor ferroviário

Antes de falar sobre as perspectivas é importante entender os motivos do aumento considerável dos investimentos nas ferrovias no Brasil.

Historicamente, as linhas ferroviárias foram o principal meio de transporte e abastecimento em várias regiões. Entretanto, com o passar dos anos, surgiram novas opções que pareceram mais atraentes e com menor custo, como as rodovias.

A mudança da ferrovia para a estrada levou a uma queda de investimentos feitos neste setor e, consequentemente, ao abandono de algumas linhas ferroviárias.

Por outro lado, segundo informações gerais da ANTF sobre o transporte de cargas em ferrovias, o volume transportado em 2020 foi de 489 milhões TU (toneladas úteis).

Para alcançar os mesmos níveis de desenvolvimento de países considerados de primeiro mundo, o setor ferroviário precisa receber investimentos. Os governos e empresas privadas estão mais conscientes desse objetivo.

Nesse cenário, os veículos de transporte ferroviário têm inúmeras de vantagens que chamam atenção, como:

  • transporte mais ágil e seguro;
  • variedade de tipos de vagões;
  • benefícios ambientais e sustentabilidade;
  • maior volume de carga em um único veículo;
  • possibilidade de locação de vagões de carga;
  • controle mais eficaz das atividades durante as viagens.

A intenção de construir ferrovias no Brasil visa a expansão total do tamanho da linha férrea e, consequentemente, o aumento do percentual de carga transportada pelo setor.

Para isso, algumas obras estão em andamento em diferentes regiões para aumentar o alcance do transporte de cargas.

O futuro das Ferrovias no Brasil

As ferrovias no Brasil se desenvolvem continuamente para atender a crescente demanda por transporte de carga no país.

A intenção de expandir a linha férrea brasileira afeta o aumento do percentual de carga transportada pelo setor. Algumas obras já estão em andamento e podem ser vistas em diferentes regiões do Brasil.

A perspectiva de crescimento envolve o impacto em custos para empresas e maior competitividade do Brasil para o cenário mundial. Além disso, o governo brasileiro tem se esforçado para fomentar investimentos no setor.

Desde 2019, já foram garantidos cerca de R$ 74 milhões para o setor logístico, o que inclui seis novas ferrovias.

O plano Pró-Brasil, apresentado em 2020, teve seu foco alterado para atração de investimentos do setor privado.

Outro assunto importante para o futuro do transporte ferroviário é o Marco Legal das Ferrovias, Lei n.º 14.273/2021, aprovado em 23 de dezembro de 2021

O objetivo do Marco é atrair o aporte de empresas privadas no transporte sobre trilhos e, a partir disso, desenvolver e aperfeiçoar as ferrovias no Brasil.

Assim, companhias particulares poderão obter a outorga para explorar o transporte ferroviário, mesmo que não façam parte do Subsistema Ferroviário Federal, e incentivar o uso de trechos ociosos.

Os projetos de infraestrutura fomentam diversos projetos, mas vamos destacar os principais. Acompanhe!

1 — Ferrogrão

A projeção para o Ferrogrão é que sua extensão atinja cerca de 930 km. Dessa forma, a linha conectará o estado de Mato Grosso ao porto da cidade de Miritituba (PA).

O objetivo do projeto é facilitar o escoamento da produção de grãos, como soja e milho, nos estados do Centro-Oeste do país.

2 — Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol)

Pensando em aumentar a produtividade e transportar maiores quantidades de carga, há o projeto para construção da nova linha férrea na integração leste-oeste. O plano é construir o trecho que vai de Figueirópolis (TO) até Ilhéus (BA).

3 — Ferrovia do Pantanal

A finalidade da Ferrovia do Pantanal será conectar o município de Panorama (São Paulo) ao Porto Murtinho (Mato Grosso). As principais cargas transportadas serão:

  • soja;
  • milho;
  • açúcar.

Como vimos, a malha ferroviária é extremamente importante no transporte de cargas e conta com perspectivas promissoras. As novas linhas e o aperfeiçoamento das ferrovias existentes criarão cenário significativo para a logística brasileira.

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